Oito anos depois de disputar a candidatura do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos com o senador John McCain, o presidente George Walker Bush teve a oportunidade de endossar a pretensão de seu antigo rival. Na terça-feira, 4 de março de 2008, McCain superou o número de 1.191 delegados, necessário para garantir a investidura republicana.
Na Casa Branca, Bush chegou a dançar de alegria para fotógrafos e cinegrafistas ao receber o senador pelo Arizona, um veterano de guerra que ficou quase seis anos preso no Vietnã do Norte.
McCain agradeceu e afirmou que gostaria de ver o atual presidente em eventos da sua campanha. Ninguém acredito nisso por causa da enorme impopularidade de Bush, considerado um dos três piores presidentes da História dos EUA.
Bush deu o tom da campanha republicana, apresentando McCain como um especialista em segurança nacional que conhece os "perigos do mundo", com a coragem e a determinação necessárias para enfrentar os inimigos do país.
O medo será um dos argumentos centrais dos republicanos. McCain apoiou a invasão do Iraque. Foi um dos principais críticos da fracassada estratégia do ex-secretário da Defesa Donald Rumsfeld e um dos principais defendores do reforço de tropas ordenado pelo presidente em janeiro do ano passado. A partir de junho, a nova estratégia passou a dar resultado, com uma redução sensível do número de mortes no Iraque.
A Guerra do Iraque é um dos pontos fracos de McCain que o senador Barack Obama pretende explorar, se for o candidato do Partido Democrata. Hillary não pode fazer isso porque votou a favor da autorização para uso da força contra Saddam Hussein.
Outro ponto fraco de Mc Cain é o corte de impostos do governo Bush, inicialmente rejeitado por ele mas agora apoiado porque o senador pelo Arizona quer se apresentar ao eleitorado republicano como um verdadeiro conservador.
John McCain é a favor do aborto. Como representa um estado da fronteira com o México, é mais liberal em questões de imigração do que o eleitor padrão do partido.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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