Com tanques e helicópteros, tropas leais ao presidente Idriss Déby contra-atacaram os rebeldes que tomaram parte da capital, Ndjamena, e cercaram o palácio do governo. A cidade está dividida: os rebeldes dominam o Oeste e o governo controla o Leste.
O ministro chadiano das Minas e Energia, general Mahamat Ali Abdallah Nassour, acusou o vizinho Sudão de ter feito um ataque por terra e ar equivalente a "uma declaração de guerra" contra a cidade de Adra. Ela fica na região do Chade que faz fronteira com a província de Darfur, onde o governo fundamentalista sudanês é acusado de cometer genocídio contra a população não-muçulmana.
Genocídio, a tentativa de exterminar todo um povo, como os nazistas quiseram fazer com os judeus na Segunda Guerra Mundial, é um crime contra a humanidade proibido por uma convenção das Nações Unidas. Todos os países signatários da convenção têm a obrigação de intervir para impedir um genocídio.
Desde 2003, cerca de 250 mil pessoas foram mortas e outros 2 milhões fugiram de Darfur. De lá, saíram os rebeldes que invadiram no sábado a capital chadiana.
Em sua defesa, o governo do Sudão alegou que a crise é um problema interno do Chade.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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