Para a revista inglesa The Economist, que usou o placar citado no título desta nota na edição que circula a partir de hoje, a estatização do gás e do petróleo da Bolívia é uma vitória do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, sobre a política energética do governo brasileiro. O professor Arthur Ituassu, do Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio, raciocina na mesma linha, ao dizer que "Chávez está estabelecendo a agenda política na América do Sul".
A política externa do presidente Luiz Inácio Lula de Silva foi duramente criticada pelo ex-embaixador Rubens Ricupero. Em entrevista à colunista Miriam Leitão, do Panorama Econômico d'O Globo, Ricupero observou que a negociação para construir o gasoduto Brasil-Bolívia foi feita de Estado para Estado. O país investiu US$ 8 bilhões no gasoduto e a questão não pode ser tratada apenas como um problema comercial da Petrobrás.
Em entrevista ao Espaço Público da TVE Brasil, o ex-embaixador José Botafogo Gonçalves, presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais, insistiu nesta idéia de que foi um contrato entre países e rejeitou a idéia de que o Brasil poderia ter diversificado o suprimento de gás natural, dizendo que a viabilidade da exploração da Bacia de Santos só foi comprovada depois.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário