O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que forma o atual governo palestino, rejeitou o ultimato do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) para decidir em 10 dias se aceita entrar em negociações de paz com Israel para criar dois países convivendo lado a lado: um israelense, outro palestino. Isto obrigaria o Hamas a reconhecer o direito de existência de Israel.
Um assessor do primeiro-ministro Ismail Haniya disse que o governo está aberto ao diálogo para criar um consenso nacional.
O Hamas, que venceu surpreendentemente as eleições parlamentares palestinas em 25 de janeiro deste ano, historicamente prega a destruição do Estado de Israel, embora diversos de seus líderes, numa posição mais realista, admitem a inevitabilidade da solução de dois Estados. Só que Israel se nega a negociar com o Hamas enquanto não for reconhecido como um país legítimo. Exige ainda que o movimento fundamentalista abandone a luta armada.
Para os líderes do Hamas, sua plataforma política foi aprovada nas urnas. Eles exigem a retirada total de Israel dos territórios ocupados na Guerra dos Seis Dias, em 1967, como precondição para abandonar a luta armada. É uma posição irrealista mas mostra o reconhecimento de que os territórios palestinos são a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, e não toda a Palestina.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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