Pelo menos 40 pessoas foram mortas ontem pela explosão de bombas em Bagdá e seis santuários xiitas foram atacados no interior do Iraque, enquanto a luta entre diferentes facções por ministérios importantes com Interior e Defesa impede a formação do primeiro governo permanente desde a queda do ditador Saddam Hussein, deposto em 9 de abril de 2003 por uma invasão americana. O primeiro-ministro designado Nuri al-Maliki tem mais uma semana de prazo para formar o governo.
"Acho que o primeiro-ministro vai anunciar o governo sem os ministros do Interior e da Defesa", declarou o deputado Bahaa al-Aaraji, ligado ao aiatolá radical Muktada al-Sader. "Ele será ministro interino destas duas pastas e depois de duas ou três semanas indicará os nomes definitivos.
A Aliança Iraque Unido, que venceu as eleições de 15 de dezembro do ano passado, elegendo 130 dos 275 deputados da Assembléia Nacional, ameaçou formar um governo unilateralmente, se não houver acordo.
Neste caso, os partidos sunitas, que tem 44 cadeiras, ameaçaram abandonar o processo político. Seu engajamento é considerado fundamental para tirar as razões para a luta armada. Mas os sunitas querem Defesa, Educação, Saúde e Planejamento, mais do que sua expressão eleitoral lhes reservaria na nova divisão de poder no Iraque.
Na chegada ao aeroporto da capital iraquiana, duas explosões de carros-bomba mataram 14 pessoas. Para os americanos, não foi um ataque ao aeroporto em si mas a iraquianos que estavam no estacionamento. Outras seis pessoas foram mortas num atentado contra uma delegacia de polícia.
No sábado, dois soldados britânicos foram mortos e outro ficou ferido com a explosão de uma bomba na beira de uma estrada em Bássora, a maior cidade da região xiita no Sul do Iraque.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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