A Alemanha, a França e a Itália concordaram em pagar o equivalente a US$ 45 milhões para libertar reféns seqüestrados no Iraque, afirmou ontem o jornal inglês The Times. O jornal atribui as informações a "responsáveis pela segurança de Bagdá que tiveram papel decisivo nas negociações" para soltar os reféns. Os governos dos três países desmentiram a notícia.
Só a França pagou US$ 25 milhões. Foram US$ 10 milhões por Florence Aubenas, jornalista do Libération, em junho de 2005, e US$ 15 milhões por Christian Chesnot e Georges Malbrunot, da Radio France International e do jornal Le Figaro, em dezembro de 2004.
A Itália pagou US$ 5 milhões por outra jornalista, Giuliana Sgrena, em março de 2005, e US$ 6 milhões pour Simona Pari e Simona Torretta, membros de uma organização não-governamental, em setembro de 2004.
Já a Alemanha teria pago US$ 8 milhões, sendo US$ 5 milhões pelos engenheiros René Braunlich e Thomas Nitzschke no início deste mês e US$ 3 milhões por Susanne Osthoff, em novembro 2005. A televisão alemã ARD afirma que foram pagos US$ 10 milhões pelos dois engenheiros.
O Times declara que o governo da Grã-Bretanha nunca pagou para tentar libertar dois reféns britânicos que foram assassinados, Kenneth Bigley e Margaret Hassan, embora tenha pago os intermediários que negociavam com os terroristas.
Desde o início da invasão dos Estados Unidos, em março de 2003, 439 estrangeiros foram seqüestrados no Iraque; 44 foram assassinados e cerca de 30 ainda estão desaparecidos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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