Sob a alegação de que o governo Hugo Chávez não colabora com a guerra contra o terrorismo e apóia grupos guerrilheiros da Colômbia, os Estados Unidos proibiram a venda de armas à Venezuela, anunciou hoje o Departamento de Estado.
A Venezuela é o quinto maior exportador de petróleo para os EUA mas as relações bilaterais se deterioram desde que Chávez, um ex-oficial golpista, chegou ao poder em 1999. O governo George Walker Bush apoiou uma tentativa de golpe contra o presidente venezuelano, em 12 de abril de 2002. Seu fracasso aumentou o controle de Chávez sobre as Forças Armadas e seu antiamericanismo.
Chávez tornou-se o principal aliado do ditador cubano, Fidel Castro. Fornece petróleo para o regime comunista de Cuba e, embora continue vendendo petróleo para os EUA, usa e abusa de um discurso antiamericano para se legitimar politicamente. Acusa os EUA de terrorismo e critica duramente a invasão do Iraque.
No mês passado, o relatório anual sobre terrorismo do Departamento de Estado americano mencionou sua "afinidade ideológica" com dois grupos guerrilheiros de esquerda em atividade na Colômbia, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o Exército de Libertação Nacional (ELN).
Durante visita a Londres em que ignora o governo britânico, preferindo se encontrar com o prefeito esquerdista de Londres, Ken Livingstone, conhecido como Ken o Vermelho, Chávez negou que o programa nuclear do Irã pretenda desenvolver armas atômicas e declarou que "nem os EUA nem qualquer outro país tem o direito de proibir que um país tenha energia nuclear".
O caudilho venezuelano já manifestou a intenção de fazer acordos nucleares com a Argentina e o Irã.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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