O presidente George Walker Bush prometeu hoje à noite, em pronunciamento sobre imigração em cadeia nacional de televisão nos Estados Unidos, um reforço no controle da fronteira com o México. O plano de US$ 1,9 bilhão inclui a criação de mais 6 mil postos de patrulheiros civis. Enquanto eles não entrarem em serviço, 6 mil soldados da Guarda Nacional farão o trabalho provisoriamente. Atualmente há apenas 350 guardas nacionais vigiando a fronteira.
Bush defendeu ainda a criação do status de "trabalhador convidado", que teria de voltar a seu país quando terminasse seu visto de trabalho.
Há no momento um grande debate sobre a imigração ilegal nos EUA. Em 1º de maio, os imigrantes e americanos de origem latina organizaram uma série de manifestações de protesto contra uma lei em discussão na Câmara dos Representantes que permitiria expulsar do país os mais de 11 milhões de estrangeiros em situação irregular. Como aceitam os salários mais baixos, são importantes para a economia americana.
Isto cria uma divisão no conservador Partido Republicano. As vozes pedindo punição e expulsão dos ilegais são cada vez mais fortes. Mas os republicanos também são o partido de muitos empresários que se beneficiam da mão-de-obra barata dos ilegais.
Bush apóia um projeto mais moderado em discussão no Congresso que permitiria a entrada e a permanência nos EUA de imigrantes como "trabalhadores convidados" durante anos, o que legalizaria a situação de pelo menos parte dos ilegais. Após este período, se não se qualificassem para obter cidadania americana, teriam de voltar a seus países de origem.
Em carta a Bush, o presidente do México, Vicente Fox, manifestou preocupação com a "militarização" da fronteira. Bush respondeu que a reforço do patrulhamento com a Guarda Nacional será apenas temporário.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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