Um relatório das Nações Unidas pediu hoje o fechamento da prisão de Guantânamo, em Cuba, e de todas as prisões secretas onde os Estados Unidos mantêm mais de 700 prisioneiros da guerra contra o terror descritos pelo governo George W. Bush como "combatentes ilegais" para lhes negar os direitos garantidos pelas Convenções de Genebra. A ONU entende que os métodos de interrogatório americanos e a detenção por tempo indeterminado sem direito a um julgamento justo são formas de tortura e precisam ser eliminados.
A comissão da ONU contra a tortura considerou inadmissíveis o afogamento e uso de cachorros para intimidar os detentos.
Ontem, houve uma briga entre presos e guardas que tentavam impedir o suicídio de um detento. Mais tarde, comentou-se que a tentativa de suicídio na verdade era uma cilada para os soldados americanos, que foram atacados ao intervir.
Na semana passada, o procurador-geral do Reino Unido, lorde Peter Goldsmith, pediu o fechamento da prisão, instalada dentro de uma base americana, considerando-a "inaceitável" e contrária aos principais liberais da democracia dos EUA.
Os grupos de defesa dos direitos humanos sempre se opuseram ao não-enquadramento dos presos nas Convenções de Genebra. Com base num parecer do atual ministro da Justiça, Alberto Gonzales, o governo Bush alega que eles são "combatentes ilegais" porque não estavam ligados a um exército regular, não obedecem a uma cadeia de comando nem usam uniforme.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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