domingo, 14 de maio de 2006

Sangue nas ruas de Mogadíscio

Pelo menos sete pessoas foram mortas ontem e 130 nos últimos dias na luta pelo controle de Mogadíscio, capital da Somália. A maioria dos mortos é civil. Há centenas de feridos.

Com morteiros e artilharia pesada, o governo transitório apoiado por vários senhores da guerra enfrenta contra uma aliança de muçulmanos radicais, a União da Justiça Muçulmana, na Batalha de Mogadíscio.

O proprio presidente do governo provisório, Abdullahi Yusuf Ahmed, admitiu há 10 dias que os Estados Unidos apóiam os senhores da guerra seculares. Um destacado líder muçulmano, Adam Galbile, morreu na quinta-feira e seu corpo ficou estirado na rua até o dia seguinte.

As preocupações dos EUA diante de informações de que a rede terrorista Al Caeda, liderada por Ossama ben Laden, está se infiltrando na guerra civil somaliana. Os EUA lideraram uma intervenção humanitária no país 1992, no final do governo George Herbert Walker Bush, o pai, para garantir a distribuição de alimentos a populações que morriam de fome.

Mas o presidente Bill Clinton resolveu ir além da operação humanitária depois de ataques do senhor da guerra Mohamed Farah Aidid a forças das Nações Unidas. Cercados e encurralados nas ruas da Somália, sem o equipamento militar necessário, os americanos foram surpreendidos pelos milicianos.

Pelo menos 18 soldados americanos foram mortos no episódio que chegou ao cinema no filme Falcão Negro em Perigo. Foi mais um trauma de guerra para os EUA capaz de ressuscitar os fantasmas da Síndrome do Vietnã.

Clinton não só ordenou uma retirada humilhante como bloqueou uma missão de paz da ONU para combater o genocídio em Ruanda, em 1994, quando 800 mil a um milhão de pessoas, a maior parte da minoria tútsi, foi massacrada. Depois, falou-se que Al Caeda teria treinado as milícias muçulmanas da Somália para atacar os americanos.

Agora, os americanos não vacilaram em apoiar os grupos secularistas. A conseqüência é o recrudescimento da guerra civil na Somália, que não tem um governo estável desde a queda do ditador Mohamed Siad Barre, em 1991.

4 comentários:

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