O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, recebeu hoje na Casa Branca o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, com uma agenda carregada: a programa nuclear do Irã, o aumento dos ataques dos talebã no Afeganistão e a crise no processo de paz entre israelenses e palestinos. Mas tudo isto fica em segundo plano diante da Guerra no Iraque.
Blair fez uma visita surpresa ao país ocupado por americanos e britânicos, depois da posse do primeiro governo permanente desde a queda do ditador Saddam Hussein, em 9 de abril de 2003. Foi levar pessoalmente seu apoio ao primeiro-ministro Nuri al-Maliki.
O novo governo afirmou que em 2007 as forças de segurança do Iraque estarão em condições de controlar o país sem a necessidade das forças invasoras. Malik ainda não conseguiu nomear os ministros da Defesa, do Interior e da Segurança Pública. Mas anunciou que a transferência do controle da segurança começa no próximo mês pelas províncias de Samawa e Amara.
Sob intensa pressão de seus eleitorados, cada vez mais descontentes com a guerra, Bush e Blair podem anunciar o início da retirada das tropas que invadiram o Iraque. Mas será uma retirada meramente simbólica. Como advertiu o ex-secretário de Estado americano Henry Kissinger, uma saída prematura das forças anglo-americanas do Iraque pode virar um "pesadelo", com guerra civil, transformação do país num centro de treinamento e irradiação de terroristas, e intervenção dos países vizinhos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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