Vendas no varejo sobem menos do que esperado nos EUA mas ouro e petróleo derrubam bolsa

As vendas no varejo subiram 0,5% nos Estados Unidos em abril, abaixo da expectativa do mercado, que era de 0,7%, mas as altas do petróleo e do ouro derrubaram a Bolsa de Valores de Nova Iorque, que caiu 140 pontos ou 1,2%, e a Nasdaq, das ações de alta tecnologia caiu 2,1%, na maior baixa desde 20 de janeiro.

A maior parte do aumento se deveu à alta de preços dos combustíveis, com aumento de 4,6%. Sem a gasolina, o crescimento do comércio varejista ajustado para compensar as diferenças sazonais foi de apenas 0,1%.

É uma boa notícia no sentido de que indica um alívio da pressão inflacionária. Isto pesará na decisão do Federal Reserve Board (Fed), o banco central americano, quando se reunir no final de junho para decidir como ficará a taxa básica de juros da maior economia do mundo.

O Fed aumentou ontem sua taxa básica em 0,25 para 5% ao ano. Antes, seu novo presidente, Ben Bernanke, indicara que pode haver uma trégua, depois de 16 aumentos consecutivos desde 2004. O mercado está em dúvidas sobre o próximo passo das autoridades monetárias.

A queda nas vendas no varejo favorece a manutenção dos juros em 5%. Mas o petróleo bruto para entrega em junho subiu US$1,19 fechando em US$73,32 por barril na Bolsa Mercantil de Nova Iorque. E a onça do ouro aumentou mais US$16,40 fechando em US$722,10 depois de atingir US$728 um recorde nos últimos 26 anos.