O presidente do Uruguai, Tabaré Vásquez, está cada vez mais inclinado a romper com o Mercosul mas poderia pedir status de membro associado como o Chile e a Bolívia. Ele admitiu esta possibilidade em entrevista ao jornal argentino La Nación em Washington, onde está numa visita oficial que pode lançar negociações para um acordo de livre comércio entre Uruguai e Estados Unidos.
A crise foi provocada sobretudo pela guerra das papeleiras, o conflito com a Argentina sobre a construção de duas fábricas de papel e celulose na margem oriental do Rio Uruguai. Como parte mais fraca, o Uruguai pediu a mediação do Mercosul, rejeitada pela Argentina, que considera a questão meramente bilateral.
De volta a Montevidéu, Tabaré Vásquez pretende mobilizar políticos, empresários e sindicalistas para obter apoio para sair do Mercosul. O presidente uruguaio, mirando-se no exemplo do que aconteceu com o México depois de assinar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, da sigla em inglês), acredita que com um acordo com os EUA seria possível dobrar as exportações do país em dois anos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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