O Movimento de Libertação do Sudão, principal grupo rebelde em atividade na província de Darfur, assinou ontem um acordo de paz após negociações em Abuja, na Nigéria, para acabar com o que as Nações Unidas consideram a maior tragédia do mundo hoje, descrita pelos Estados Unidos como genocídio. Mas declarou preocupações quanto à real intenção do regime islamita de Cartum de dividir o poder. Outros dois grupos rebeldes não aderiram ao acordo.
Cerca de 200 mil pessoas morreram em Darfur nos últimos quatro anos e 2 milhões foram obrigados a fugir de suas casas. Os rebeldes iniciaram sua luta armada em fevereiro de 2003, reagindo à ação do governo e de uma milícia muçulmana apoiada pelo regime, os Janjaweed, acusados de pilhar e destruir aldeias de africanos, e de uma campanha sistemática de violência sexual.
Com o acordo, as milícias devem ser desarmadas e seus membros integrados às forças de segurança do Sudão. Abre-se o caminho também para que a ONU envie uma força de paz a Darfur.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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