sábado, 6 de maio de 2006

Israel usou chocolate assassino

O Mossad, serviço secreto de Israel, matou um palestino responsável por um seqüestro de avião enviando-lhe chocolate suíço envenenado durante seis meses no final dos anos 70. A operação é revelada em detalhes pela primeira vez no livro Striking Back (Contra-Atacando).

Seu autor, Aron Klein, descreve como o Mossad perseguiu Wadia Haddad, da Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP), até descobri-lo em Bagdá, a capital do Iraque, onde ele se refugiou quando Israel começou a caçar seus inimigos por todo o mundo. Ele jamais saía do Iraque mas tinha um fraco por chocolates.

Em 1977, um palestino que trabalhava para o serviço secreto de Israel começou a dar chocolates suíços a Haddad. Ele morreu em março de 1978 com sintomas de leucemia. Ninguém suspeitou que tivesse sido envenenado, contou o autor do livro à Rádio Israel.

A capacidade de envenenar do Mossad melhorou muito, acrescentou Klein. Em 1997, Khaled Mashaal, dirigente do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), foi injetado com um veneno que o mataria em 24 horas, se a Jordânia não tivesse descoberto a conspiração e exigido que Israel lhe fornecesse um antídoto.

Klein disse ainda não haver provas de que Israel tenha envenenado o líder palestino Yasser Arafat, que morreu no final de 2004 num hospital de Paris depois de uma súbita deterioração de sua saúde. Mas o livro certamente vai realimentar as teses conspiratórias.

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