A estratégia de negociação do Brasil na crise provocada pela estatização do petróleo e do gás da Bolívia foi explicada hoje pelo jornal O Globo. Não haveria uma contradição entre a posição moderada do governo brasileiro, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconhecendo o direito do governo boliviano de nacionalizar suas riquezas naturais para tentar combater a miséria crônica do país e a posição negociadora mais dura da Petrobrás.
A Petrobrás negocia como uma empresa que investiu mais de US$ 1 bilhão na Bolívia. Não quer perder seu patrimônio nem dar prejuízo a seus acionistas. Lula adotaria uma posição mais moderada para evitar a radicalização.
O Itamarati entende que a Bolívia é um país em situação de quase insolvência. Se o Brasil suspender as importações de gás, quebra. Isto não é do interesse do Brasil, porque parte da indústria do Sudeste e do Sul depende hoje do gás boliviano mas sobretudo porque o Ministério das Relações Exteriores teme que uma crise pior leve o presidente da Bolívia, Evo Morales, a uma radicalização ainda maior. Ele seria jogado nos braços do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que o Brasil tenta moderar.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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Um comentário:
Gostei do seu blogue. Coloquei um link pra este texto num que fiz sobre china, brasil, lula, corrupção.. Se quiser dar uma olhada, http://nacal.blogspot.com/2008/01/ninho-no-meio-da-fumaa.html
Abraços,
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