terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Procurador especial quer interrogar Trump nas próximas semanas

O procurador especial Robert Mueller pretende interrogar em breve o presidente Donald Trump para pedir explicações sobre as demissões do conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, general Michael Flynn, e do diretor-geral do FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, James Comey, revelou o jornal The Washington Post.

As ações do procurador especial indicam que ele está se aproximando do presidente. Mueller já denunciou Steve Bannon, ex-chefe de campanha de Trump e assessor especial da Casa Branca. Hoje, soube-se que ouviu na semana passada o secretário de Justiça e procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions.

Trump está irritado há muito tempo porque Sessions declarou-se impedido de presidir o inquérito sobre um possível conluio da candidatura republicana com a Rússia. Depois da demissão de Comey, o subprocurador-geral nomeou um procurador especial, tirando do governo qualquer possibilidade de interferir no inquérito.

Mueller já denunciou quatro ex-assessores de Trump. As suspeitas de obstrução de justiça de parte do presidente se avolumam. Pouco depois da demissão de Comey, Trump convocou o diretor-geral interino do FBI, Andrew McCabe, para uma reunião no Salão Oval da Casa Branca e lhe perguntou: "Em quem você votou na eleição de 2016?"

McCabe teria respondido que não votou, de acordo com o Post. O presidente teria manifestado descontentamento porque a mulher de McCabe disputou uma vaga no Senado do estado da Virgínia com o apoio de um comitê de ação política ligado a Hillary Clinton.

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