terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Venezuela caça e executa piloto rebelde que atacou prédios públicos

A Força de Ação Especial (Faes) e a Guarda Nacional Bolivarista (GNB) cercaram na madrugada de ontem o local ontem estava o piloto rebelde, ator e ex-investigador do Corpo de Investigações Científicas, Penas e Criminais (CICPC) Óscar Pérez, que se declarou líder de uma aliança cívica, policial e militar contra a ditadura chavista. Sua morte foi confirmada no fim da tarde, informou o boletim Noticias de Venezuela.

Em 27 de junho de 2017, Pérez, conhecido como Rambo venezuelano, pegou um helicóptero e atacou com granadas o Tribunal Supremo de Justiça e o Ministério do Interior, em Caracas, em meio a uma onda de protestos da oposição em que 125 pessoas morreram. O ditador Nicolás Maduro descreveu a ação como um "ataque terrorista".

Durante o cerco de ontem, Pérez divulgou nas redes sociais um vídeo dramático dizendo que haviam se rendido e estavam prontos a se entregar, mas a ditadura chavista continuava atirando, com a nítida intenção de matá-lo.

"Querem nos matar. Não aceitam a rendição e continuam atirado", apelou o ex-policial. Sete rebeldes morreram. Cinco sobreviveram e foram presos.

O cadáver de Pérez chegou ao necrotério de Monte Bello às 18h30 pela hora local (20h30 em Brasília). Horas antes, a mãe dele acusou o governo nas redes sociais acusando a ditadura chavista de não aceitar a rendição dos rebeldes: "Vocês são responsáveis por qualquer coisa que aconteça", noticiou o jornal venezuelano El Nacional.

No Twitter, o segundo homem-forte da ditadura, Diosdado Cabello, acusou a oposição e a mídia de defender um terrorista, ignorando que existe um direito de sedição contra ditaduras. Quando o coronel Hugo Chávez liderou um golpe contra o presidente Carlos Andrés Pérez, em 4 de fevereiro de 1992, foi preso, depois anistiado. Eleito presidente em 1998, criou o regime que se tornou uma ditadura escancarada depois de sua morte.

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