Durante encontro com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump admitiu em público que excluiu Jerusalém das negociações de paz palestino-israelenses ao reconhecer Jerusalém como a capital de Israel.
Em resposta, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, declarou que Trump excluiu os EUA da mesa de negociações ao tirar Jerusalém do processo de paz, entregando toda a cidade a Israel.
Mais uma vez, Trump ameaçou retirar a ajuda dos EUA à Palestina, se Abbas se negar a retomar as negociações de paz. O líder palestino afirmou que não aceita chantagem. No ano passado, os EUA deram US$ 327,6 milhões à ANP e US$ 3,1 bilhões a Israel.
O Leste de Jerusalém, também conhecido como setor árabe, pertencia à Jordânia. Foi ocupado na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e está sendo anexado progressivamente por Israel, que declarou que a cidade é sua capital una e indivisível, à revelia do direito internacional, que proíbe a guerra de conquista.
As fronteiras de um Estado palestino independente, o futuro das colônias israelenses instaladas nos territórios ocupados, o direito de retorno dos refugiados palestinos desde a criação de Israel, em 1948, e o status de Jerusalém são os pontos mais difíceis das negociações árabe-israelenses.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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