Pode ser uma nova tática do terror na luta pela libertação da Palestina. Um motorista e paramédico de 35 anos, pai de cinco filhos, foi baleado e morto hoje perto de Nablus, quando trafegava pela Rota 60, a principal estrada da Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967, noticiou o jornal liberal israelense Haaretz.
As forças de segurança israelenses fazem uma varredura na área. O homem morto foi identificado como Raziel Shevach, morador da colônia de Havat Gilad, um dos muitos assentamentos de Israel na Cisjordânia ocupada, em clara violação do direito internacional.
O presidente do Conselho Regional da Samaria (nome bíblico de uma das regiões ocupadas), Yossi Dagan, reagiu ao ataque afirmando que os moradores da Cisjordânia "não vão ceder ao terror".
"Quero fazer uma declaração para esses assassinos covardes que atiram e fogem: não estamos com medo, o povo de Israel está vivo e vai vencer", desafiou Dagan.
Todos os líderes de partidos condenaram o ato terrorista e prometeram apoio irrestrito às forças de segurança. A questão é se esse é um novo tipo de ataque terrorista, balear pessoas ao acaso à noite em estradas pouco movimentadas, longe de qualquer testemunha.
Será um novo desafio para a segurança de Israel. O país é alvo frequente de ataques com veículos e facadas. Esta pode ser uma nova tática de guerra do terrorismo, capaz de facilitar a fuga dos atiradores.
Como o então ministro da Propaganda do Estado Islâmico declarou em 2014, tudo pode ser usado na "guerra santa" dos terroristas muçulmanos contra seus múltiplos inimigos. Depois dos homens-bomba, dos aviões feitos mísseis guiados, dos carros e caminhões transformados em máquinas de atropelar, os tiroteios ao acaso podem ser a nova forma de aterrorizar.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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