sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Trump tenta censurar livro sobre bastidores da Casa Branca

Em uma ação inusitada para um presidente dos Estados Unidos, os advogados particulares de Donald Trump tentaram impedir o lançamento do livro Fogo e Fúria: dentro da Casa Branca de Trump, que revela o caos nos bastidores do atual governo. A editora Holt & Co reagiu antecipando o lançamento de terça-feira para hoje, sexta-feira.

O livro afirma que Trump ficou surpreso com a vitória. Melanie Trump não gostou. Não queria a exposição do cargo de primeira-dama. A primeira-filha, Ivanka Trump, virou assessora da Casa Branca para se preparar para ser a primeira mulher a governar os EUA, uma espécie de derrota final de Hillary Clinton.

Também revela detalhes da demissão do diretor-geral do FBI, a polícia federal dos EUA, que investigava um possível conluio da campanha de Trump com o Kremlin durante a campanha eleitoral de 2016.

A reunião de Donald Trump Jr. com uma advogada russa para levantar acusações contra a candidata democrata, Hillary Clinton, foi descrita como "traiçoeira" e "antipatriótica" pelo ex-chefe de campanha e ex-estrategista-chefe da Casa Branca, Steve Bannon.

Bannon é uma das principais fontes do autor, o jornalista Michael Wolff, que agradeceu no Twitter à publicidade extra capaz de multiplicar as vendas do livro: "Vamos nessa. Você vai poder comprá-lo e lê-lo amanhã. Obrigado, Sr. Presidente."

Quando o jornal inglês The Guardian publicou trechos do livro, Trump reagiu furiosamente. Disse que o livro é uma "falsidade", "cheio de mentiras, distorções e fontes que não existem". De Bannon, tentou se desvincular: "Steve Bannon não tem nada a ver comigo nem com minha presidência. Quando foi demitido, ele não apenas perdeu o emprego, perdeu a cabeça."

Sob um bombardeio de perguntas que não podia responder, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, declarou o que presidente está "furioso e indignado com os ataques pessoais, a seu governo e à sua família".

A expressão "fogo e fúria" foi usada por Trump em resposta a uma das muitas provocações do ditador Kim Jong Un, ameaçando a Coreia do Norte com uma ataque nuclear.

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