O governo Donald Trump vai congelar toda ajuda de segurança ao Paquistão até que este país tome medidas mais duras contra as redes de terrorismo islâmico em seu território. A medida vai atrapalhar o apoio logístico e o suprimento das forças dos Estados Unidos no vizinho Afeganistão.
Pelos cálculos do jornal inglês Financial Times, são cerca de US$ 2 bilhões. Dias depois da embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Nikki Haley, anunciar que o governo Trump vai segurar a liberação de uma ajuda militar de US$ 255 milhões, Washington confirmou a suspensão de mais de US$ 1 bilhão.
Há anos, os EUA acusam o Paquistão de servir de refúgio para grupos terroristas, inclusive para a milícia dos Talebã (Estudantes), que os americanos combatem no Afeganistão desde 2001. Por um lado, o apoio do Paquistão era considerado indispensável; de outro, o país abriga uma grande quantidade de grupos extremistas muçulmanos que usa na guerra indireta com a Índia.
A maior vítima deste jihadismo é o próprio Paquistão. Entre tantos outros casos, a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto foi morta num atentado em 27 de dezembro de 2007, quando fazia campanha para voltar ao poder.
Desde o ano 2000, 62.979 foram mortas no Paquistão pelo terrorismo e a guerra contra o terrorismo. O pico foi em 2009, com 11.704 mortes.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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