É o fim de uma era. Depois de mais de quatro décadas de luta armada, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) entregaram hoje a helicópteros da Força Aérea Brasileira os dez últimos reféns policiais e militares. Alguns estavam sequestrados há 12 anos.
A libertação dos reféns era uma precondição do governo colombiano para reiniciar negociações de paz com a guerrilha. O grupo guerrilheiro marxista esteve envolvido em negociações com os governo Ernesto Samper e Andrés Pastrana em posições muito mais fortes, quando controlava grandes extensões territoriais.
Na sua campanha eleitoral, em 2002, o presidente Álvaro Uribe negou legitimidade à guerrilha para negociar uma força política. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, insistiu para que as FARC fossem consideradas uma "força beligerante". Uribe manteve sua postura e praticamente derrotou a guerrilheiro.
O atual presidente, Juan Manuel Santos, era ministro da Defesa de Uribe. Santos mantém a determinação de acabar com a guerrilha. Exige agora que todos os reféns restantes sejam libertados. Ainda há centenas de civis em poder das FARC.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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