Para pressionar o Reino Unido a negociar a soberania das Ilhas Falklands, que chama de Malvinas, o governo da Argentina está boicotando as importações de produtos britânicos.
Na terça-feira, a ministra da Indústria, Débora Giorgi, convocou 20 dos principais executivos do setor importador e pediu que substituam os produtos britânicos por mercadorias de outros países.
Os dois países travaram uma guerra há 30 anos. Em 2 de abril de 1982, a ditadura militar que aterrorizava a Argentina na época decidiu desviar a atenção da opinião pública invadindo as Malvinas.
Uma força expedicionária enviada pela então primeira-ministra Margaret Thatcher retomou as ilhas em 14 de junho do mesmo ano, no fim de uma guerra em que 649 argentinos e 255 britânicos morreram.
Em 1977, havia uma negociação em curso nos mesmos moldes da devolução da colônia britânica de Hong Kong à China em 1997. Os crimes contra os direitos humanos da última ditadura militar argentina tornaram um acordo inviável. Desde então, o Reino Unido se nega a negociar.
A postura britânica é igual em relação a Gibraltar, colônia reivindicada pela Espanha. Nos dois casos, o Reino Unido alega que a soberania só pode ser cedida com o consentimento dos moradores das colônias em um referendo.
Os kelpers, habitantes de origem escocesa, não querem saber da Argentina.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário