A inflação na China passou de 7,1% para 8,7% ao ano de janeiro para fevereiro, o índice mais alto em quase 12 anos, desde maio de 1996. O grosso da alta de preços registrou-se nos alimentos. Sem eles, a inflação subiu de 1,5% para 1,6% ao ano.
"Há uma preocupação de que o crescimento de preços esteja saindo fora de controle", comentou Li Huiyong, analista da corretora Shenyin & Wanguo Securities, em Xangai. No ano passado, a inflação chinesa ficou em 4,8% ao ano.
O Escritório Nacional de Estatísticas culpa o inverno mais rigoroso dos últimos 50 anos e o aumento sazonal de preços provocado pelo feriado de celebração do Ano Novo Lunar. Esses dois fatores causaram uma alta de 23,2% nos preços dos alimentos em fevereiro em comparação com o mesmo mês do ano anteriores.
A carne de porco, principal fonte de proteína animal no país de 1,3 bilhão da habitantes, teve uma alta anual de 63,4%, enquanto os legumes e hortaliças subiram 46% e o óleo de cozinha, 41%.
"Isso significa maior aperto monetário à frente", declarou Gao Lingzhi, estrategista da corretora Great Wall Securities, em Xenzen. "O governo pode aumentar as taxas de juros e acelerar a desvalorização do iuã."
Leia mais no site da agência de notícias Bloomberg News.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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