Um grupo terrorista planejava explodir dez aviões no ar entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos, anunciou hoje a polícia britânica. Pelo menos 24 suspeitos foram presos na madrugada e na manhã de hoje em Londres e Birmingham . Seriam, na maioria, britânicos de origem paquistanesa, supostamente com ligações à rede terrorista Al Caeda (A Base).
Um dos presos trabalhava no Aeroporto de Heathrow e tinha acesso a todas as áreas restritas, informou o Canal 4 da televisão britânica. Outro era membro de instituição beneficente muçulmana. Os suspeitos ainda não tinham comprado passagens mas andavam procurando na internet vôos com partida mais ou menos no mesmo horário.
O ministro do Interior britânico, John Reid, declarou ter comandado "uma grande operação antiterrorista para acabar com o que acreditávamos ser uma grande ameaça contra o Reino Unido e seus aliados" que poderiam ter causado mortes "numa escala sem precedentes". Seria o maior atentado terrorista desde 11 de setembro de 2001. Estaria nas fases finais de planejamento.
Os explosivos seriam levados para bordo sob a forma de líquido, creme ou gel.
Diversos aeroportos britânicos chegaram a ser fechados. Quem embarca está sujeito a uma revista rigorosíssima. Está proibido levar na bagagem de mão computadores, telefones ou qualquer equipamento eletrônico, líquidos, cremes ou produtos em forma de gel. Só entram como bagagem de mão documentos, carteiras de dinheiro, chaves, medicamentos e produtos de higiene feminina, em sacos plásticos transparentes.
As autoridades aeroportuárias britânicas não disseram por quando tempo estas medidas estarão em vigor. Aconselharam todas as pessoas que não precisam realmente viajar hoje e amanhã a não ir ao aeroporto.
Em Washington, o presidente George Walker Bush comentou que a conspiração comprova que os EUA estão em guerra contra o que chamou de "fascistas muçulmanos".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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