O núcleo do índice de preços ao produtor, excluídos energia e alimentos, apresentou deflação de 0,3% no mês passado nos Estados Unidos. Foi a primeira queda na média de preços no atacado desde outubro de 2005.
Sem o expurgo o IPP, que mede a inflação no atacado, subiu 0,1%, abaixo da expectativa média do mercado, que era de 0,4%, provocando euforia no mercado e alta nas bolsas porque pode significar o fim do ciclo de alta de juros. O Índice Dow Jones, que mede o desempenho das principais ações da Bolsa de Wall St., subiu 1,19%, e a bolsa Nasdaq, das ações de alta tecnologia, 2,22%.
Até mesmo os preços de energia subiram menos. A gasolina aumentou 0,7% em julho, em comparação com 6,3% em junho. Os preços dos alimentos ficaram estáveis, especialmente de produtos lácteos, peixe e frutos do mar.
Ao mesmo tempo, em outro sinal de que a maior economia do mundo está em desaceleração, a confiança dos construtores de casa própria caiu para o nível mais baixo em 1991. Dois fatores foram destacados pelo economista David Selders, da Associação Nacional dos Construtores de Casas: o cancelamento de negócios e o aumento do estoque de imóveis novos e usados a venda.
"Isto faz com que a maioria dos compradores em potencial adote uma atitude de esperar para ver por causa da incerteza existente hoje no mercado imobiliário", comentou Selders. Os especuladores estão saindo do mercado.
Amanhã será divulgado o índice de preços ao consumidor nos EUA, que será olhado com maior atenção pelo mercado.
Na semana passada, o Federal Reserve Board (Fed), o banco central americano, decidiu manter a taxa básica de juros inalterada em 5,25% ao ano depois de 17 altas consecutivas. O mercado se pergunta agora se o aperto monetário chegou ao fim ou se o Fed apenas deu uma trégua.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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