Hoje faz 61 anos que a primeira bomba atômica foi lançada pelos Estados Unidos contra Hiroxima, no Japão, em 6 de agosto de 1945. Pelo menos 80 mil pessoas morreram na hora e outras 60 mil três dias depois, em Nagasaque, onde foi jogada uma bomba de plutônio. Mas por causa dos efeitos da radiação o total de mortos aumenta até hoje. Já passa de 300 mil.
Os dois ataques nucleares levaram à rendição incondicional do Japão e ao fim da Segunda Guerra Mundial. Quatro anos depois, a União Soviética explodiu a sua bomba, dando início à corrida armamentista nuclear que deixou o mundo à beira da total destruição durante a Guerra Fria.
Logo a Grã-Bretanha (1952), a França (1960) e a China (1964) tornaram-se potências nucleares.
Estes cinco países, que não por coincidência têm direito de veto nas Nações Unidas, foram reconhecidos como potências nucleares pelo Tratado de Não-Proliferação Nuclear, de 1968, um acordo internacional discriminatório que cria dois tipos de países. Para que os outros países não produzam armas atômicas, as potências nucleares se comprometeram a se desarmar.
Somente com a abertura política promovida pelo líder do Partido Comunista soviética Mikhail Gorbachev a partir de 1985, os EUA e a URSS começaram a reduzir seus arsenais nucleares. Mas ninguém acredita que as armas atômicas sejam abolidas. Pelo contrário. O risco agora é de uma proliferação descontrolada.
A Índia (1974), o Paquistão (1975), Israel e a África do Sul também fabricaram bombas atômicas. Com o fim do regime segregacionista do 'apartheid', a África do Sul abriu mão de suas armas nucleares. Mas como observa o professor israelense Martin van Creveld, autor de A Transformação da Guerra, em breve qualquer país de nível médio de desenvolvimento terá condições de produzir ogivas nucleares e mísseis que as trasportem até seus alvos.
Neste momento em que as grandes potências pressionam o Irã e a Coréia do Norte a não desenvolver armas nucleares, e que grupos terroristas tentam ter acesso a mais mortal de todas as tecnologias, é fundamental retomar os ideais dos movimentos pacifistas do tempo da Guerra Fria e lutar para que não haja mais hiroximas.
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