O presidente da França, Jacques Chirac, fez ontem um apelo para que a Síria e o Irã rompam seu isolamento e contribuam para a paz no Oriente Médio.
Preocupado com o agravamento das múltiplas crises no Oriente Médio – no Irã, no Iraque, no Líbano e na Palestina –, o presidente da França, que vai comandar a força de paz da ONU no Sul do Líbano, advertiu que a guerra pode recomeçar, se não houver um acordo de paz definitivo. Ele conclamou a Síria e o Irã a romperem seu isolamento internacional para acabar com décadas de conflito.
“Acima de todos estes conflitos, há um perigo maior que é o divórcio entre dois mundos, entre Ocidente e Oriente, cristianismo e islamismo, ricos contra pobres”, declarou Chirac. “O esforço pela paz e segurança também interessa à Síria e ao Irã. A Síria deve reassumir seu lugar na mesa das nações, respeitando a legalidade internacional e a soberania dos países vizinhos. O Oriente Médio precisa da Síria trabalhando ativamente pela paz e a segurança da região.”
Numa postura contrária à demonização dos inimigos proposta por Bush, o presidente francês fez o mesmo apelo à república islâmica: “O Irã não vai encontrar segurança com o desenvolvimento de programas secretos mas, sim, em uma total imersão na comunidade internacional. Mais uma vez, apelo a Teerã para que envie os sinais necessários para criar confiança.”
Mais uma vez, a Europa e os EUA têm objetivos comuns orientados pelos valores democráticos e liberais que têm em comum. Mas diferem quanto aos métodos para chegar lá e, como dizia o sociólogo canadense Marshall McLuhan, o papa das comunicações nos anos 60, “os meios são as mensagens”.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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