LONDRES - Em mais um sinal de que a economia dos Estados Unidos está se desacelerando, o índice de desemprego aumentou no mês passado de 4,6% para 4,8%. Foram criados 113 mil empregos em julho, abaixo da expectativa dos analistas e do número de candidatos a trabalhar.
É um dado importante para a decisão que o Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve Board (Fed), o banco central dos EUA, tomará na próxima terça-feira. Nas últimas 17 reuniões, o Fed aumentou a taxa básica de juros da maior economia do mundo, hoje em 5,25% ano.
O dilema do Fed é que o núcleo da inflação americana, expurgados os preços de energia e de alimentos, está em torno de 2,5% ao ano, acima da faixa considera ideal, de 1% a 2%. Mas a economia já mostra o resultado das altas de juros. O crescimento caiu de um ritmo anual de 5,6% no primeiro trimestre para 2,5% no segundo.
A taxa básica é aquela que um banco central cobra para financiar os bancos. Vai se refletir em todas as taxas de juros da economia. O juro é o preço do dinheiro. Se o dinheiro fica mais caro, as pessoas gastam menos e as empresas investem menos. O objetivo é travar uma economia supostamente ameaçada pelo aumento da inflação.
Nos EUA, o custo do empréstimo para comprar a casa própria foi subindo com as 17 altas de juros do Fed. A retração no mercado imobiliário é uma das razões da desaceleração americana, além da alta dos preços de energia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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