Os Estados Unidos e a França chegaram a um acordo neste sábado sobre os termos do projeto de resolução a ser apresentado na segunda-feira ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para impor um cessar-fogo entre Israel e a milícia xiita Hesbolá (Partido de Deus).
A resolução pede a "cessação total das hostilidades" exigindo que o Hesbolá suspenda todos os ataques e que Israel pare com as "operações militares ofensivas". Deixa assim a possibilidade de que Israel realize ações defensivas. O texto é suficientemente vago para permitir nova discussão sobre o que é ofensivo ou defensivo.
O embaixador dos EUA no ONU, o linha-dura John Bolton, declarou que o encontro de sábado foi "altamente produtivo": "Podemos avançar a partir daqui na velocidade que os outros países quiserem."
Um diplomata libanês reclamou, dizendo que a resolução não exige a retirada imediata de Israel do Sul do Líbano.
A expectativa é que uma segunda resolução crie uma força de paz multinacional para ficar no Sul do Líbano depois da retirada israelense, ajudando o governo libanês a assumir o controle da região, que estava nas mãos do Hesbolá. Esta milícia deve ser desarmada com base na Resolução 1.559, aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU. Mas dificilmente concordará com isso.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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