A Organização das Nações Unidas considerou "chocante e imoral" nesta quarta-feira que Israel tenha jogado 90% das bombas de fragmentação que usou no recente conflito no Líbano nos últimos três dias do conflito, desde que o Conselho de Segurança aprovou a Resolução 1.701 até a entrada em vigor do cessar-fogo, na manhã de 14 de agosto.
Esta dura crítica foi feita pelo coordenador de ajuda humanitária da ONU, o holandês Jan Eegeland, horas depois que o secretário-geral da organização, Kofi Annan, deixou Israel, onde se encontrou com o primeiro-ministro Ehud Olmert para discutir a crise e pedir, sem sucesso, a suspensão do bloqueio aeronaval do Líbano.
Ao explodir, as bombas de fragmentação libertam diversas cargas menores que cobrem uma grande área, fazendo com que sejam imprecisas e atinjam mais civis inocentes. A ONU identificou 359 locais atacados por Israel com bombas de fragmentação e estima que haja 102 mil cargas menores que não explodiram e que ainda podem ser detonadas por acidente.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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