O Banco da Inglaterra divulgou hoje os nomes de 19 dos 24 suspeitos de planejar atentados terroristas suicidas coordenados contra aviões de passageiros em rotas entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos. Quase todos são cidadãos britânicos, sendo 22 de origem paquistanesa, um iraniano e um bengalês. Eles tiveram suas contas bancárias congeladas. Por isso, o banco central britânico revelou seus nomes.
Pelo menos três suspeitos estiveram no Paquistão, o que reforça a suspeita de uma conexão com a rede terrorista Al Caeda. Acredita-se que seus principais líderes, o saudita Ossama ben Laden e egípcio Ayman al-Zawahiri, estejam refugiados nas montanhas da fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão.
Como Al Caeda (A Base) é uma rede frouxa ligada pela inspiração ideológica do fundamentalismo muçulmano, as células podem ser totalmente independentes e agir por iniciativa própria. Não há necessidade de autorização superior.
A conspiração desmantelada em Londres têm a marca registrada d'al Caeda: ataques suicidas coordenados, mais ou menos na mesma hora, buscando o máximo de impacto e o maior número de mortes.
A conexão paquistanesa está estabelecida. O Paquistão é o país-chave na chamada guerra contra o terrorismo. Além de ter armas nucleares, abriga os líderes da Caeda e seu serviço secreto criou a milícia dos Talebã.
Desde que os jihadistas tentaram matar duas vezes o ditador paquistanês, general Pervez Musharraf, o país começou a levar a sério o combate ao terrorismo. Foram dois britânicos presos na semana passada no Paquistão que revelaram a conspiração desarmada ontem na Grã-Bretanha. Mas este país continua em estado de alerta "crítico", que significa uma ameaça de atentado terrorista a qualquer momento.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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