A União Européia dará 7 mil dos 15 mil soldados e a maior parte dos equipamentos militares da força internacional de paz a ser enviada ao Sul do Líbano com mandato das Nações Unidas para impedir o reinício do conflito entre Israel e a milícia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus). O anúncio foi feito pelo secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, depois de se reunir com os ministros do Exterior dos 25 países-membros da UE.
Os EUA estavam impacientes com a França, que como antiga potência colonial do Líbano, tem uma relação espacial com este país árabe e prometera 5 mil homens. Além disso, como membro permanente do Conselho de Segurança, a França tem responsabilidade com a paz a segurança internacionais.
Mas diante dos problemas com o cessar-fogo e a expecativa de resistência do Hesbolá, caso a força internacional tente desarmá-lo, como prevê a Resolução 1.559 do Conselho de Segurança da ONU, a França recuou, chegando a dizer que enviaria apenas mais 200 soldados. Depois concordou em contribuir com 2 mil homens, convidando outros membros permanentes do Conselho de Segurança a fazer o mesmo.
O problema é que os EUA jamais seriam vistos como neutros, dado seu apoio incondicional a Israel. E os outros países não querem se envolver no caldeirão sul-libanês. Então coube à Europa contribuir com quase metade das tropas.
A Itália ofereceu 3 mil homens, a França dará 2 mil e a Espanha entre mil e 1,2 mil. A Polônia prometeu 500 soldados, a Bélgica, 300 e a Finlândia, 250. A Dinamarca contribuirá com 150 marinheiros no apoio naval. A Alemanha e a Grécia também ofereceram forças navais.
Depois da Europa, o grosso da tropa viria de países muçulmanos como Indonésia, Malásia e Bangladesh. Mas Israel vetou porque estes países não o reconhecem.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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