terça-feira, 11 de novembro de 2014

Presidente palestino adverte para "guerra religiosa global"

Diante das sucessivas tentativas da ultradireita israelense de rezar na Esplanada das Mesquitas, chamada como Monte do Templo em Israel, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, alertou hoje para o risco de uma "guerra religiosa global, já que o local é sagrado para judeus e muçulmanos, informa o jornal conservador The Times of Israel.

Abbas exige a devolução de toda a Cisjordânia e a Faixa de Gaza ocupadas por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, inclusive do setor árabe de Jerusalém. Ele advertiu que cristãos e muçulmanos nunca vão aceitar a unificação de Jerusalém como capital do Estado de Israel.

O ministro do Exterior linha-dura de Israel, Avigdor Lieberman, contrário à criação de um Estado Palestino, afirmou que Abbas é mais perigoso do que Yasser Arafat, o líder histórico do movimento nacionalista pela independência da Palestina, falecido em 2004.

Hoje milhares de palestinos lembraram os dez anos da morte de Arafat. Da prisão, um dos principais líderes e comandantes militares da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Marwan Barghouti, defendeu uma "insurreição armada" contra Israel.

"É hora de considerar opções de luta armada, o caminho mais curto para o fim da ocupação e a conquista da liberdade", declarou Barghouti em carta aberta publicada num jornal palestino. Ele era comandante militar da Fatah (Luta), o partido de Arafat e Abbas, até sua prisão em 2002.

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