quinta-feira, 3 de agosto de 2006

Iraque está perto da guerra civil e da divisão

LONDRES - Dois generais americanos e o embaixador britânico que está deixando o Iraque, William Patey, admitiram hoje que o Iraque está mais perto de uma guerra civil e da fragmentação do país com base em linhas étnico-religiosas (xiitas, sunitas e curdos) do que de um governo democrático que funcione.

"A violência sectária entre sunitas e xiitas talvez esteja em seu pior momento", advertiu o general John Abizaid, chefe do Comando Central dos Estados Unidos, em depoimento aa Comissão das Forças Armadas do Senado. "Se não for contida, o Iraque poderá cair numa guerra civil."

A seu lado, o general Peter Pace, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA, fez a ressalva de que uma guerra civil no Iraque é possível mas não é provável.

O tema entrou em discussão por causa do vazamento para a BBC de um memorando do embaixador britânico William Patey, que está deixando Bagdá. "Mesmo as expectativas reduzidas do presidente George W. Bush para o Iraque - um governo que se sustente, que seja capaz de se defender e de governar, e que seja aliado na guerra contra o terror - ficam em dúvida", alerta o embaixador.

A ex-primeira-dama e senadora Hillary Clinton, possível candidata do Partido Democrata aa Presidência dos EUA, atacou o secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, também presente aa sessão, acusando-o de "presidir uma política fracassada".

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