quarta-feira, 30 de agosto de 2006

Bombas matam pelo menos 66 no Iraque

A explosão de uma bomba no principal mercado do centro da capital do Iraque matou pelo menos 24 pessoas e feriu outras 35 na manhã de hoje. Outra bomba explodiu perto de um posto de gasolina. Quando a polícia chegou um carro-bomba foi detonado. Pelo menos duas pessoas morreram.

Na cidade de Hilla, uma explosão matou 12 pessoas e deixou dezenas de feridos. Em Bacuba, seis pessoas da mesma família morreram quando uma bomba explodiu perto do ônibus em que viajavam.

Anteontem, o Exército Mahdi, milícia comandada pelo aiatolá xiita rebelde Muktada al-Sader, enfrentou o Exército do Iraque, numa batalha de horas com 28 mortes que dá a dimensão do desafio enfrentado pelo novo governo iraquiano eleito sob a ocupação americana para pacificar o país e garantir a segurança pública.

Desde domingo, mais de 200 iraquianos foram mortos pela violência política.

Para o escritor americano Peter Galbraith, autor de O Fim do Iraque, a estratégia americana está totalmente errada. Os Estados Unidos subestimaram o inimigo e agora precisariam aumentar muito seu contingente no Iraque, de mais de 130 mil homens, para desarmar as milícias xiitas, que já tem hoje mais de 100 mil homens, e acabar com a guerra civil entre sunitas e xiitas em Bagdá. Isto aumentaria o número de soldados americanos mortos e feridos, o que reduziria ainda mais o apoio à guerra na opinião pública americana.

Se o presidente George W. Bush pretendia usar a democratização no Iraque como exemplo para o Oriente Médio, seu fracasso fortalece os regimes antidemocráticos não só de seus inimigos, como Síria e Irã, mas também nos países árabes aliados dos EUA.

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