Cerca de 93 mil pessoas foram mortas em um ano dois anos e dois meses de revolta popular e guerra civil na Síria, estimaram hoje as Nações Unidas. São mais de 30 mil a mais do que na estimativa anterior, de novembro de 2012.
A ONU admite que o total de mortos deve ser ainda maior porque muitas mortes não são notificadas. A guerra civil síria é o conflito mais violento da chamada Primavera Árabe, o único que resultou numa guerra total. Com o apoio do Irã e da Rússia, o governo está ganhando.
Enquanto o Irã ofereceu créditos de US$ 4 milhões à ditadura de Bachar Assad e a Rússia ignora a intervenção da milícia fundamentalista xiita Hesbolá. Com o regime retomando a iniciativa dos combates e ganhando terreno, é improvável que a Rússia esteja disposta a ceder na conferência internacional de paz que organiza com os Estados Unidos em Genebra, na Suíça, e muito menos de autorizar o uso da força dentro do Conselho de Segurança da ONU.
Uma intervenção militar liderada pelos EUA exigiria o emprego da força em grande escala, com consequências difíceis de prever para a estabilidade regional, o número de soldados mortos e a possibilidade de "sucesso", algo que o presidente Barack Obama ainda não definiu.
Sob pressão, os rebeldes renovam os apelos para receber armas e manter a resistência contra a ditadura. Diante da indecisão dos EUA, a França estaria disposta a armá-los.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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