Com 18% dos votos apurados na eleição presidencial no Irã, o aiatolá moderado Hassan Rouhani lidera a apuração com 52% dos votos. Favorável à reaproximação com o Ocidente, ele não é o preferido da linha dura do regime, personificada pelo Supremo Líder, aiatolá Ali Khamenei. Em segundo lugar, está o prefeito de Teerã, Mohamed Kalibaf.
Depois da fraude na reeleição de Mahmoud Ahmadinejad em junho de 2009, que levou o Movimento Verde, de oposição, às ruas e foi a maior ameaça ao regime fundamentalista iraniano desde a revolução islâmica de 1979, a ditadura dos aiatolás pode ceder um pouco para dar a aparência de democracia. Mas o poder de fato está com o Supremo Líder e não com o presidente.
Rouhani foi durante muito tempo assessor de Khamenei, inclusive no Conselho de Segurança Nacional.
O Irã já teve um presidente reformista, Mohamed Khatami, de 1997 a 2005, que não conseguiu alterar fundamentalmente o regime e foi sucedido pelo linha-dura Ahmadinejad.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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