Um tribunal do Egito condenou hoje 43 empregados egícpios e estrangeiros de organizações não governamentais por uso ilegal de dinheiro vindo do exterior para fomentar protestos e agitação política no país. Quinze americanos foram condenados à revelia a cinco anos de prisão; outro, que ficou no Egito para responder ao processo, pegou dois anos de cadeia.
Várias ONGs foram fechadas e tiveram seus bens confiscados, inclusive a Freedom House e os institutos internacionais dos partidos Democrata e Republicano dos EUA.
O processo foi aberto em 2012, quando o Egito estava sendo governado pelo Conselho Supremo das Forças Armadas, que assumiu o controle do governo com a renúncia do ditador Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro de 2011. Na época, os Estados Unidos ameaçaram suspender a ajuda anual de US$ 1,5 bilhão que dão ao país, lembra a televisão pública britânica BBC.
Na semana passada, o grupo Human Rights Watch (Observatório dos Direitos Humanos), com sede em Nova York, e outras 40 entidades egípcias de defesa dos direitos humanos denunciaram um projeto de lei de iniciativa do presidente Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, para controlar as atividades e o financiamento de organizações não lucrativas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
terça-feira, 4 de junho de 2013
Egito condena 43 estrangeiros e egípcios ligados a ONGs
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