Ao tomar posse hoje como chefe de governo do Paquistão para um terceiro mandato 14 anos depois de ser derrubado por um golpe militar, o primeiro-ministro Nawaz Sharif pediu o fim dos ataques dos Estados Unidos com aviões não tripulados em regiões tribais do país para combater extremistas muçulmanos. Ele foi eleito por 244 dos 342 deputados.
O problema é que, diante da omissão do governo paquistanês, os drones dos EUA são a única força que combate o jihadismo nas zonas tribais do país. As autoridades do Paquistão costumam alegar que a chamada guerra contra o terrorismo é uma guerra americana, mas a maioria dos mortos é paquistanesa.
Por muito tempo, os militares do Paquistão toleraram e até incentivaram a formação de grupos guerrilheiros muçulmanos para usá-los em guerras indiretas na província indiana da Caxemira, reivindicada pelo Paquistão, e no Afeganistão. Mas as últimas declarações do comandante das Forças Armadas, general Ashfaq Kayani, indicam que ele é contra negociar com os extremistas, que em realidade são contra o Estado paquistanês e gostariam de refundá-lo como um emirado ou república islâmica.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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