As forças de três grupos rebeldes - a Frente Popular do Chade, a União das Forças pela Democracia e o Desenvolvimento e a Reunião das Forças pela Mudança - invadiram no sábado, 2 de fevereiro, a capital do país N'Djamena. O palácio do presidente Idriss Déby, no poder há 17 anos, está cercado.
A França, antiga potência colonial, apóia o governo. Tem 1,2 mil soldados no Chade e anunciou o envio de um reforço para ajudar a resgatar cerca de 700 franceses que vivem no país, além de americanos e europeus.
O governo chadiano acusa o vizinho Sudão, de onde teriam saído os guerrilheiros. Apresenta o conflito como uma luta de chadianos muçulmanos contra não-muçulmanos, insuflada pelo regime islamita de Cartum, que seria incluída na guerra dos EUA contra o extremismo muçulmano, o jihadismo.
Se Déby cair, pode se complicar o envio de uma força de paz das Nações Unidas à província sudanesa de Darfur, que usaria o vizinho Chade como base.
Um dos países mais pobres do mundo, árido e mediterrâneo, o Chade é o berço da humanidade. É lá que se tem o registro do mais antigo hominídeo, o Sahelanthropus tchadensis, que viveu há 7 milhões de anos. Veja abaixo a cara do seu avô.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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