Há exatamente 50 anos, em 4 de outubro de 1957, a União Soviética lançava o Sputnik, primeiro satélite artificial da Terra, dando início à era espacial.
Foi um choque, especialmente para os Estados Unidos. A URSS, que testara uma bomba atômica em 1949, tinha agora tecnologia de foguetes para atingir o território americano sem usar aviões.
O Sputnik tinha uma bateria e um rádio, menos tecnologia do que um telefone celular de hoje.
A vantagem tecnológica soviética na corrida espacial - que seria confirmada pelo primeiro vôo tripulado, de Yuri Gagarin, que descobriu que a Terra é azul em 12 de abril de 1961 - acelerou a corrida armamentista da Guerra Fria e o desenvolvimento de mísseis balísticos intercontinentais com capacidade para destruir todo o planeta dezenas de vezes.
Em 14 de outubro de 1962, quando os EUA descobriram que a URSS estava instalando mísseis nucleares em Cuba, na pior crise da Guerra Fria, os EUA tinham um arsenal nuclear muito mais poderoso.
Qual a explicação? O setor de foguetes estratégicos da URSS estava vinculado ao Exército Vermelho, cuja maior preocupação era com uma guerra na Europa. Essa inércia burocrática deixou os soviéticos para trás, obrigando o primeiro-ministro Nikita Kruschev a um recuo humilhante em Cuba que o levou a perder a liderança da URSS dois anos mais tarde.
Os soviéticos ainda foram os primeiros ao fazer Alexei Leonov sair da cápsula. Em 18 de março de 1965, ele flutuou no espaço durante 12 minutos. Mas os EUA colocaram os primeiros homens na Lua, em 20 de julho de 1969.
Hoje é a China, superpotência emergente, que prepara um foguete para chegar à Lua.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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