terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Presidente sul-africano mantém liderança do CNA

Com a promessa de lutar contra o desemprego, a desigualdade e a miséria, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, venceu o desafio posto por seu vice, Kgalema Motlanthe, e manteve a lideranca do Congresso Nacional Africano (CNA), o que praticamente garante sua reeleição para chefe de Estado.

Zuma usou o mesmo argumento para derrotar, em 2007, o então presidente Thabo Mbeki, assumindo a presidência do país antes de ser eleito para o cargo pelo voto popular. Isso levou um dos heróis na luta contra o regime supremacista branco do apartheid, o arcebispo Desmond Tutu, a chamar o país de "república de bananas".

No momento em que o grande herói da luta pela libertação da maioria negra, Nelson Mandela, enfrenta graves problemas de saúde aos 94 anos, a estrela do CNA também vai se apagando. Uma grande aliança dos grupos que lutavam contra o regime segregacionista branco, o CNA tem o monopólio de poder desde as eleições que levaram Mandela ao poder em 1994.

Esse monopólio já se mostra negativo para o país que sempre foi a grande esperança de redenção da África subsaariana. Diante da incapacidade da África do Sul de resolver crises regionais como a ditadura de Robert Mugabe no vizinho Zimbábue, muita gente diz que, se o outro país africano estivesse lutando hoje contra um regime racista feito o do apartheid, não teria o apoio do atual governo sul-africano.

Com seu harém e seus escândalos de corrupção, Zuma é um peso para a África do Sul, um atraso para o continente e uma liderança que não soma nos vários foruns internacionais de que o país participa ao lado do Brasil.

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