sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Exército da Turquia adia operação militar no Leste da Síria

Diante do anúncio da retirada das tropas dos Estados Unidos da Síria, o presidente Recep Tayyip Erdogan adiou uma operação militar do Exército da Turquia no vale do Rio Eufrates contra a mílicia árabe-curda Forças Democráticas Sírias (FDS), noticiou hoje o jornal governista turco Daily Sabah.

Erdogan tomou a decisão depois de falar pelo telefone com o presidente Donald Trump, que anunciou a retirada, apesar das críticas dos Departamentos da Defesa e de Estado e de aliados dos EUA. Com o adiamento da operação militar turca, diminui o risco de um conflito acidental com forças americanas.

Já as FDS ficam sob pressão do Exército da Turquia, do Exército da Síria e seus aliados iranianos e da organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante. A milícia árabe-curda foi criada pelos EUA para servir como força terrestre na campanha contra o Estado Islâmico.

Erdogan teme que os curdos da Síria se aliem ao governo autônomo do Curdistão iraquiano e proclamem a independência do Curdistão. Como a maioria dos curdos vive na Turquia, o novo país poderia reivindicar a soberania sobre uma área do Sudeste da Turquia.

Para surpresa de seus próprios generais e de países aliados, Trump anunciou nesta semana a retirada total dos 2 mil soldados americanos que estão na Síria, alegando que o Estado Islâmico está derrotado. O ditador da Rússia, Vladimir Putin, festejou. Não é um amigo dos EUA.

A retirada intempestiva de Trump provocou a demissão do secretário da Defesa, general James Mattis, considerado o último dos adultos capazes de controlar o presidente sem limites dos EUA.

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