quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Maduro chega hoje à Rússia atrás de ajuda financeira

Depois de ficar ainda mais isolado por não pagar empréstimos à China, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, chega hoje a Moscou, onde será recebido pelo ditador Vladimir Putin, noticiou ontem a agência Tass.

Como os encontros bilaterais entre os dois são raros, a suspeita é que Maduro tente renegociar o pagamento das dívidas com petróleo bruto. A dúvida é se a Rússia, segunda maior produtora mundial em 2017, logo abaixo dos Estados Unidos, vai aceitar a proposta.

Se a Rússia suspender a ajuda à Venezuela, o regime chavista terá ainda mais dificuldades para obter financiamentos internacionais, enquanto vê sua produção de petróleo declinar, apesar de ter as maiores reservas mundiais.

Em setembro, a produção venezuelana caiu para 1,434 milhão de barris por dia. É a menor em 50 anos. De 1973 ao início da 2018, a média era de 2,4 milhões de barris diários. Com a crise econômica devastadora por que passa o país, a tendência é de uma redução maior.

Nos últimos anos, a Rússia emprestou bilhões de dólares à Venezuela como parte de sua estratégia de fustigar os EUA em todos os setores possíveis. A empresa estatal Petróleos de Venezuela S. A. (PdVSA) está pagando os empréstimos com cerca de 177 mil barris por dia. Isso é apenas 40% do que foi acertado.

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