Depois de ficar ainda mais isolado por não pagar empréstimos à China, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, chega hoje a Moscou, onde será recebido pelo ditador Vladimir Putin, noticiou ontem a agência Tass.
Como os encontros bilaterais entre os dois são raros, a suspeita é que Maduro tente renegociar o pagamento das dívidas com petróleo bruto. A dúvida é se a Rússia, segunda maior produtora mundial em 2017, logo abaixo dos Estados Unidos, vai aceitar a proposta.
Se a Rússia suspender a ajuda à Venezuela, o regime chavista terá ainda mais dificuldades para obter financiamentos internacionais, enquanto vê sua produção de petróleo declinar, apesar de ter as maiores reservas mundiais.
Em setembro, a produção venezuelana caiu para 1,434 milhão de barris por dia. É a menor em 50 anos. De 1973 ao início da 2018, a média era de 2,4 milhões de barris diários. Com a crise econômica devastadora por que passa o país, a tendência é de uma redução maior.
Nos últimos anos, a Rússia emprestou bilhões de dólares à Venezuela como parte de sua estratégia de fustigar os EUA em todos os setores possíveis. A empresa estatal Petróleos de Venezuela S. A. (PdVSA) está pagando os empréstimos com cerca de 177 mil barris por dia. Isso é apenas 40% do que foi acertado.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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