Os Estados Unidos estão preparando uma retirada completa das forças enviadas à Síria para combater a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, num total de 2 mil soldados, informou hoje a agência Reuters.
A saída americana abre o caminho para a Síria e a Turquia entrarem no território atualmente controlado pelas Forças Democráticas Sírias (FDS), uma milícia árabe-curda apoiada pelos EUA, que ficaria totalmente desprotegida.
Com a decisão, o governo Donald Trump reduz ainda mais a influência do país na Síria e sua participação nas negociações de paz. Ganham a Rússia, a Síria, a Turquia e o Irã.
"Derrotamos o Estado Islâmico na Síria, minha única razão para estar lá na presidência de Trump", declarou o presidente no Twitter. Ainda há bolsões de resistência na fronteira entre a Síria e o Iraque, estimada em 35 mil milicianos ligados ao Estado Islâmico.
Trump já havia tentado retirar as forças dos EUA da Síria. Recuou diante da pressão dos Departamentos da Defesa e de Estado. O anúncio de hoje veio depois de uma conversa telefônica entre Trump e o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que ameaçou várias vezes atacar as FDS a leste do Rio Eufrates.
Os dois departamentos protestaram, assim como deputados e senadores dos dois partidos. Depois de conquistar a área dominada pelo Estado Islâmico na Síria, os militares americanos entendem ser necessário um trabalho de estabilização de longo prazo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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