quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Satélites-espiões revelam atividade em bases de testes de mísseis da Coreia do Norte

Há grande atividade na base de testes de mísseis de longo alcance de Yeongjeo-dong, na Coreia do Norte, e uma instalação subterrânea a 11 quilômetros de distância não identificada antes está sendo ampliada, revelaram imagens de satélite obtidas pelo Instituto Middlebury de Estudos Internacionais, noticiou hoje a rede de televisão americana CNN.

A construção era visível em imagens do início de 2017 e continuou até agosto de 2018. O Departamento da Defesa dos Estados Unidos não comentou, mas declarou que vigia intensamente a Coreia do Norte e apoia o processo de negociações diplomáticas iniciado com o encontro de cúpula entre o presidente Donald Trump e o ditador Kim Jong Un em 12 de junho de 2018, em Cingapura.

O movimento na base não viola o acordo inicial de Trump e Kim, mas deixa claro que o regime comunista de Pyongyang continua desenvolvendo seu programa de mísseis balísticos intercontinentais, de longo alcance, capazes de atingir o território americano com ogivas nucleares.

Desde o encontro histórico em Cingapura, o primeiro de um presidente dos EUA no exercício do cargo com um ditador norte-coreano, as negociações não avançaram.

Em várias visitas a Pyongyang, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, cobrou da Coreia do Norte o estabelecimento de um cronograma de desnuclearização para a entrega de 60% a 70% das armas atômicas em seis a nove meses.

A ditadura stalinista rejeitou um desarmamento unilateral. Exige uma declaração formal de fim da Guerra da Coreia (1950-53), o que é de interesse da Coreia do Sul.

Historicamente, desde o fim da União Soviética, em 1991, a Coreia do Norte faz uma chantagem atômica com o Ocidente, arrastando as negociações enquanto desenvolve armas nucleares e tecnologia de mísseis balísticos capazes de transportá-las.

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