A economia dos Estados Unidos abriu 155 mil postos de trabalho a mais do que fechou no mês passado, bem abaixo da expectativa média dos economistas, que era de 198 mil vagas, revelou hoje o relatório mensal de emprego do Departamento do Trabalho. Em outubro, o ganho fora de 250 mil empregos. O índice de desemprego ficou estável em 3,7%, o menor desde 1969.
Os salários aumentaram 3,1% nos últimos 12 meses, o mesmo ritmo registrado no mês passado, o maior desde abril de 2009.
Nos primeiros dez meses de 2018, foram criados em média 212,5 mil empregos por mês, acima da média de 182 mil de 2017.
Esses números indicam que o Conselho de Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, pode ser mais cauteloso na alta de juros, mas estão longe de mostrar o risco de uma recessão. Os juros pagos pelos títulos de 10 anos da dívida pública caíram de 2,9% para 2,88%.
"Nossa economia tem um desempenho muito bom de modo geral, com forte geração da empregos e salários crescendo gradualmente", observou o presidente do Fed, Jay Powell. "De fato, a nível nacional, nosso mercado de trabalho está muito forte."
O mercado financeiro espera um aumento da taxa básica de juros na reunião da próxima semana, mas já não aposta em três altas em 2019. Ainda há o temor de uma recessão no fim do próximo ano e a guerra comercial entre os EUA e a China também preocupa.
Depois da trégua acertada entre o presidente Donald Trump e o ditador Xi Jinping no sábado passado em Buenos Aires, a prisão da diretora financeira da companhia chinesa Huawei, Meng Wanzhou, no Canadá a pedido de autoridades americanas gerou receio de nova crise entre as duas maiores economias do mundo.
A Bolsa de Valores de Nova York abriu em pequena queda, depois de cair ontem com a prisão de Meng. Os preços do petróleo estão em alta de cerca de 4% por causa do anúncio de cortes da produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2018
EUA criaram menos empregos em novembro do que previsto
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