O Índice Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova York, caiu mais de 653 pontos hoje depois de uma tentativa desastrada do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, de acalmar o mercado pedindo a seis grandes bancos que ampliem as linhas de crédito para empresas e pessoas. Foi a pior véspera de Natal da história em Wall Street.
Ao atacar mais uma vez o Conselho da Reserva Federal (Fed), o banco central americano, dizendo que "o Fed é o único problema da nossa economia", o presidente Donald Trump agravou ainda mais hoje a situação pela qual é o principal responsável, com a guerra comercial contra a China e o aumento do déficit público federal para US$ 890 bilhões por causa de seus cortes de impostos.
Na Bolsa Mercantil de Nova York, o preço do petróleo tipo West Texas Intermediate, padrão do mercado americano, caiu 6,38% para US$ 42,68 por barril, a menor cotação em um ano e meio, por causa de expectativa de enfraquecimento da economia.
A iniciativa do secretário do Tesouro passou uma mensagem aos investidores de que o governo está preocupado. Eles sempre desconfiam que o governo tenha mais informações não repassadas ao público e que a situação real seja pior.
Antes disso, Trump consultou assessores para saber se poderia demitir o presidente do Fed, Jay Powell, que ele próprio indicou. No Twitter, o presidente acusou o banco central de "não sentir o mercado", "não entender as guerras comerciais necessárias ou mesmo o fechamento do governo pelos democratas por causa da fronteira. O Fed é como um golfista poderoso que não consegue marcar pontos porque não tem sutileza. Não consegue dar uma tacada suave."
Desde sábado, as atividades não essenciais do governo federal dos EUA estão paralisadas porque a oposição democrata se recusa a dar US$ 5 bilhões para a construção de um muro na fronteira com o México, uma promessa eleitoral de Trump. Durante a campanha, ele afirmou que o México iria pagar pelo muro.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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